terça-feira, 31 de agosto de 2010

O paraíso se revela nas praias de Barreiras

Fotos: AG Sued
Aos poucos, a comunidade de Barreiras vem despontando como um grande potencial turístico de Macau.

Texto: Alex Gurgel
jornalista

Seguindo o curso do Rio Tubarão, a comunidade de Barreiras parece que parou no tempo, onde o progresso teima em não chegar. Sob as bênçãos de São Sebastião, a pequena vila de pescadores já teve dois nomes: Olho Água e Mãe Dágua. No início do Século XX, o lugarejo era chamado de Barreiras Dágua. Hoje, a população conhece o lugar simplesmente por Barreiras.

A história de Barreiras se confunde com a religiosidade do seu povo. No ano da graça de 1913, foi fixado um cruzeiro pelos padres jesuítas Caetano e Bernardino Araújo, começando a construção da capela. O rio Tubarão já era conhecido dos europeus, desde o Século XVI, quando os índios os guiaram para a conquista do território de Macau. O local passou a ser colonizado e habitado após a expulsão dos holandeses, na metade do Século XVII.
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Como a atividade turística ainda está engatinhando, quem vai fazer turismo em Barreiras sabe que esse tipo de “turismo ecológico” é para quem gosta de conviver com a natureza. A vila não oferece nenhuma infra-estrutura para receber quem procura conforto ou baladas noturnas. Para começar, não tem hotel e uma única pousada fica cheia dos funcionários que trabalham para a Petrobras. Quem quiser pernoitar em Barreiras, tem a opção de dormir numa casa de uma família nativa.

Barreiras também não tem restaurantes chiques, mas isso não impede que o visitante se delicie com gostosos e variados pratos da cozinha da região, a base de frutos do mar, principalmente de sardinha fresquinha que chega todas as tardes, trazidas pelos barcos. Os pequenos bares têm sabores como a “sardinha na pressão”, principal iguarias de Barreiras.

O diferencial em Barreiras é o manguezal ao longo do Rio Tubarão, separando as praias da vila com o mar aberto. Quando a maré está seca, o rio quase desaparece, criando um visual único de fileiras d’água. Quando o rio enche com a maré, nativos e turistas tomam banhos deliciosos nas suas águas mansas. Vale a pena um passeio de barco até a costa, atravessando os igarapés e observando a riqueza da fauna marinha da região.

No final da tarde, é aconselhável um passeio despretensioso pelas dunas de Barreiras e apreciar um belíssimo pôr-do-sol entre dunas, mangue e mar. Outra opção turística é percorrer os dois quilômetros da “Trilha dos Olheiros”, entre Barreiras e Diogo Lopes, para ver a água doce de beber, que está acumulada nos lençóis freáticos, transbordando das dunas e das pedras calcárias.
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Com um povo hospitaleiro e acolhedor, Barreiras está 25 quilômetro de distância de Macau. Vale à pena visitar a praia do “Oco da Cobra” para apreciar um peixe frito pescado na hora ou uma saborosa sardinha na pressão. Já a calmaria da praia “Chico Martins” é propícia para longas caminhadas, onde o turista poderá observar cavalos mecânicos puxando petróleo da terra.

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