Famílias sofrem com falta d’água na Ilha de Santana

Instalações hidráulicas antigas, cisternas velhas, a falta d’água constante, além do uso errado da pouca água, trazem grandes transtornos para os que habitam o outro lado do rio.

Uma vez perguntaram para Albert Einstein como seria realizada a 3ª Guerra Mundial, qual seria os tipos de armas usadas. Do alto da sua genialidade, ele respondeu que não sabia como seria, mas o motivo seria a água potável. A água é o maior bem da humanidade. Sem água boa para beber, ninguém consegue vive dignamente.

A falta de água atinge mais de 2 mil moradores da Ilha de Santana. A situação está tão difícil na comunidade, que o aposentado Nazareno Pereira de Oliveira, morador da rua Projetada, 208, teve que cavar um buraco abaixo do cano e colocar um tonel para conseguir aparar água porque a água não tem força para subir além do cano.

Conforme o morador José Erinaldo Ferreira, conhecido como Meu Jovem (foto acima), outro agravante para a falta d’água são duas cisternas que estão sendo usadas de forma erradas. Uma velha sisterna recebe água que deveria ser convertida para a população, mas está sendo usada pelo grupo salineiro Dois Irmãos. “Essa água deveria ser para a comunidade. Eles são ricos e têm condições para comprar água”, disse.

A outra cisterna fica ao lado do Colégio Municipal Francisco da Cunha, que está servindo de foco para o mosquito da Dengue porque não há tampa e as pessoas tiram a água de lá sem a mínima higiene. “Durante o carnaval, alguns jovens tomavam banho em cima dela”, reclama Meu Jovem, ressaltando que essa cisterna distribui água pra toda a comunidade de Ilha de Santana.

Seu Nazareno (foto acima) reclama que desde novembro a água tem chegado irregularmente, com sua família ficando até duas semanas sem água, “mas todos os meses a conta está vindo mais alta”, disse o aposentado, mostrando duas contas no valor de R$ 83,00, vencidas em maio e junho.