Macau é uma cidade rica onde padece um povo pobre

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Demonstrativo do Portal da Transparência apontando que Macau arrecadou mais de 18 milhões de Reais até outubro desse ano. Onde foi aplicado esse dinheiro?

por Alex Gurgel 

alexgurgel@msn.com 

Até o mês de outubro de 2010, Macau já arrecadou a quantia de mais de R$ 18 milhões somente em royalties repassado pela Petrobras com a produção de óleo no município, como indica os números do Portal da Transparência (veja quadro acima). Isso equivale uma média de R$ 1 milhão e 800 mil por mês, que deveria ser investidos no município para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Enquanto isso, a cidade não tem um Terminal Rodoviário, o Mercado Público é um verdadeiro lixão insalubre, o Matadouro Público Municipal não existe, o Posto Policial em Diogo Lopes está fechado há anos, não existe segurança em lugar nenhum, a saúde pública é um caos, o SUS não funciona a contento e os pacientes mais graves são enviados para Natal, usando a “ambulancioterapia”.

Além do mais, em Macau não há políticas sociais para os jovens e nem muito menos para os adultos carentes. A droga do crack virou uma epidemia na cidade ao ponto de ninguém criar galinhas em Diogo Lopes com medo dos “noiados” roubarem as penosas. A consequência dessa inércia administrativa é o aumento da violência com um número cada vez maior de roubos e assaltos na cidade.

Educação? É só perguntar aos professores municipais se eles já estão ganhando o Piso Salarial, decretado pelo Governo Federal há mais de um ano. As escolas vivem com o pires na mão, carecendo de verbas até para comprar papel ou colocar luzes em algumas salas, como é o caso da Escola Municipal Maura Bezerra, na Cohab. Os alunos macauenses sofrem na pele o descaso do governo municipal com transporte público de baixa qualidade e péssima condições das escolas.

Isso é só a ponta do iceberg. O fato é que o município de Macau é rico e seu povo sofre calado na mais absoluta pobreza porque não há uma preocupação com políticas sociais por parte do Executivo Municipal, que prefere esbravejar sua incompetência praticando o velho método do  assistencialismos em tempos eleitorais.