Dona Gracinha é a maior incentivadora da Folia de Reis em Barreiras.
alexgurgel@msn.com
Em Macau, algumas tradições folclóricas estão vivas. Lá em Barreiras, a comunidade celebra a Folia de Reis, uma das mais antigas manifestações de Cultura Popular no Brasil. A tradição é levada, principalmente, pelos descendentes de pescadores e antigos moradores, que mantém viva a louvação aos Santos Reis Magos.
Na madrugada de hoje, Dia de Reis (06 de janeiro - Dia de Santos Reis), logo nas primeiras horas, acontece a Folia de Boi de Reis. Os Reis Magos, o Boi e os foliões varam a madrugada com um grupo de cantadores e instrumentistas percorrendo as ruelas da cidade e entoando cantos relativos à visita dos Reis Magos ao Menino Jesus.
Passam de porta em porta em busca de oferendas, que podem variar de um pacote de arroz, feijão e milho ou algumas moedas. Durante a caminhada é carregada a “bandeira” do grupo, um estandarte enfeitado com motivos religiosos em homenagem aos três Reis Magos do oriente, como manda a tradição católica.
O cortejo visita as casas em busca de oferendas, que serão doadas no dia 21 de janeiro, durante a festa de São Sebastião, padroeiro de Barreiras.
De acordo com a organizadora da Folia de Reis em Barreiras, dona Gracinha do Chago, tudo o que for arrecadado será distribuído para a população mais carente até o dia 21 de janeiro, durante a festa de São Sebastião, padroeiro do lugar. Dona Gracinha está comandando o folguedo durante os últimos quatorze anos, repassando a cultura popular para novas gerações.
Quando o cortejo da folia pára em frente a uma residência, o Boi dança e os foliões cantam músicas pedindo alimento. Quando a dona de casa entrega a oferenda, todos louvaram a casa, agradecendo a esmola. Porém, quando não há nada para os Reis, todos entoam melodias que insinuam o pão duro. “Nessa casa tem um muro / onde mora um pão-duro”, diz os versos dos foliões em coro.
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