Ambientalista Cláudio Gia já fez a denuncia em todos os órgãos ambientais.
Por Alex Gurgel | jornalista
Uma estrada de 7 km de extensão, na praia de Pontal do Anjo, vem tirando o sono dos ambientalistas macauenses, tendo a frente Cláudio Gia. Segundo ele, essa estrada foi feita na beira da praia sem planejamento e continua causando um grande impacto ambiental, evitando que as tartarugas subam a praia para se reproduzir, além da extinção do capim agulha que alimentava os peixes-boi, também desaparecido da área.
Na Procuradoria Geral Federal há um Processo em andamento cuja denúncia diz que a Petrobras alterou as características da zona costeira com a construção de uma estrada na orla marítima com mais de 7 km, na localidade de Pontal do Anjo, para dar acesso ao poço de petróleo chamado “Serra 13”.
“A estrada não tem licença de nenhum órgão competente”, afirma Cláudio, ressaltando que tem um Laudo Técnico, emitido pela Secretaria Geral da União, aplicando uma multa a Petrobras no valor de R$ 2 milhões porque a empresa está degradando uma área de proteção ambiental.
Por outro lado, o procurado da República, Fábio Nesi Venzon, emitiu um parecer dizendo que, em Pontal do Anjo não houve degradação ao meio-ambiente. No seu relatório, o procurador diz: “Não foi evidenciado impactos de magnitudes que interfira na atividade pesqueira, inclusive as instalações das barracas dos pescadores se encontram localizadas nas proximidades da estrada, que beneficia diretamente com o deslocamento do pescado”.
O ambientalista relata que a pesca artesanal foi o segmento mais prejudicado pela Petrobras. “A agressão foi tão grande que todo o banco de capim agulha, em torno de 4 km, que existia morreu, desapareceu para sempre”, relata o ambientalista, ressaltando que o peixe-boi faz anos que não é mais encontrado na área pela falta do capim e por causa da degradação ambiental.
Pedras colocadas pela Petrobrás na beira da praia impedem a subida das tartarugas que vêm há milhares de anos para se reproduzi nesse local.
Canos e terra batida formam mais de 7 km de estrada da Petrobrás que da acesso ao poço Serra 13.
Segundo o Gerente Ambiental da Petrobrás, Getúlio Moura, a empresa segue rigorosamente às leis ambientais e nenhuma obra é feita sem que seja antes elaborado os estudos de onde se estrai um rigoroso relatório de impacto ambiental que é submetido os aos órgãos governamentais (IDEMA)e, só depois, começam os trabalhos. A estrada em questão foi monitorada por biólogos e não havia evidências de desova de tartarugas naquele local, fato confirmado por pescadores que frequêntam o local há 5 décadas, tampouco a ocorrência de peixes-boi que não é visto há anos. De qualquer maneira, essa estrada mudou a paisagem local e alterou a vista deslumbrante do Pontal do ANjo.
ResponderExcluirDevemos preservar o meio ambiente mas sem o oportunismo dos incautos.
ResponderExcluirNo vai-e-vem de palavras, muitas vezes enganosas, fica a natureza a mercê dos que se acham donos da terra, protegidos por leis por eles redigidas, as quais, aplicadas em uso próprio. Fica difícil preservar o meio ambiente que é uma obrigação de todos.
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