Marisqueiras se sentem abandonadas e esperam a construção de um galpão prometido pelo prefeito de Macau |
Quem trafega pelo anel viário de Macau, próximo ao Valadão e a saída para a praia de Camapum, pode observar um grupo de mariqueiras que passam o dia inteiro, debaixo de uma lona azul quente, com suas famílias, cozinhando e descascando sururu. As marisqueiras reclamam que o prefeito Flávio Veras prometeu um lugar para elas trabalharem: “A gente fica aqui porque é o jeito”, reclamou Maria José, que pesca marisco há mais de 20 anos.
A barraca improvisada foi uma alternativa encontrada pelas marisqueiras que moram no bairro Valadão para poder cozinhar e descascar os mariscos protegidas do sol e da chuva. As catadoras de mariscos também reclama que o prefeito Flávio Veras e os vereadores assumiram um compromisso de pagar um salário durante 5 meses nos meses de defeso. “O prefeito fez acordo, mas nem toda marisqueira tá recebendo”, reclama Maria José.
Outra marisqueira, Francisca Gomes da Silva, afirma que o prefeito mandou derrubar as barracas improvisadas com a promessa de construir um galpão somente para as marisqueiras do Valadão, nos moldes do galpão existente no Porto da Pescaria. “Aqui, nos somos esquecidas. Esses políticos só lembram que a gente existe durante a campanha que eles vêm pedir voto. Nenhum tem palavra”, declarou dona Francisca.
Conforme dona Maria José, os mariscos (búzios e sururu) apanhados, cozinhados e descascados são vendidos a R$ 4,00 o quilo para a população, que passam pelas barracas de lonas azuis no Valadão. A marisqueira afirma quer toda sua família se envolve no trabalho com os mariscos. “Catar os mariscos é a única maneira que a gente tem para sobreviver. Só precisamos de um lugar decente para a gente trabalhar”.
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