Luiz Xavier
Macau! Macau! Cidade centenária,
vens cumprindo no tempo o teu destino.
No plano criador do Ser Divino,
pareces pobre, sendo milionária.
Também até pareces perdulária,
quando acolhes, bomdosa, o pequenino
forasteiro, que trás somente o tino
de te sugar, cidade humanitária!
Em tempo de eleição, te cantam loas,
do voto aventureiro, os políticos,
prometendo-te falsas coisas boas
Mas, sem auxílio em teus momentos críticos,
vives, servindo a todas as pessoas:
homens, mulheres, velhos, paralíticos.
In “Macau, canto de amor e saudades”, de Aparício Fernandes, 1984
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