sexta-feira, 15 de julho de 2011

Aos Macauenses e ao doutor Eduardo Lemos

Ana Emília Fernandes – jornalista

É engraçado como certos políticos de Macau pensam que podem ditar as regras da política local como se fossem coronéis dando ordens aos eleitores, adivinhando o tempo que começará e terminará as discussões. Não é assim. A política de Macau é dinâmica, carregada de interesses e estratégias para chegar ao Poder, onde a linha da confiança entre os “aliados” PMDB e PSB é bem fininha e não aguenta pressão.

Doutor Eduardo Lemos é uma dessas pessoas cheia de soberba, se achando o Rei da Praça da Conceição, pensando que a política gira em torno da cabeleira dele. No blog do blogueiro Irineu Cândido, doutor Eduardo Lemos escreveu: “Acho absolutamente desnecessária e fora de contexto qualquer discussão, neste momento, à respeito das composições de chapa para prefeito das eleições municipais do próximo ano”.

Depois do que o doutor Eduardo escreveu, eu acho que ele pensa que o povo vai pedir permissão a ele para “começar” as discussões políticas. Pena que o doutor não estava na Praça da Conceição no sábado, quando aconteceu o “Forró da Véia”, no bar de Djane, quando se formou vários grupos políticos que estavam se divertindo e aproveitaram para discutir possibilidades de composições políticas exatamente para a próxima campanha de prefeito e vereador.

Com a noite fria e animada por um forró pé de serra, as conversas esquentaram em torno da sucessão do prefeito Flávio Veras. No bar de Djane, podia ser visto a vereadora Odete Lopes e seu esposo Mário, o ex-prefeito Zé Antônio e sua esposa Terezinha, o jornalista Bosco Afonso com o ex-vereador e engenheiro Haroldo Martins, o advogado Rodrigo Aladim e o empresário Kerginaldo Pinto, além de vereadores, secretários e assessores de políticos de Macau.

A noite inteira as conversas giravam em torno da “política macauense”. Quem estava no “Forró da Véia” viu os grupos se misturando em conversas de pé de orelha, papos informais de políticos que gostam de “assuntar” as possibilidades. Pois bem. Coincidência ou não, muito cedo na segunda-feira, o prefeito tratou de anunciar nos blogs oficiais “que não vai dispensar a indicação de seu sucessor e se o PSB quisesse o cargo de vice que aceitasse”.

Diante desse impasse, a opinião pública de Macau espera uma resposta “oficial” de doutor Eduardo Lemos, um conceituado político da cidade, e ele vem com essa história de que acha “absolutamente desnecessária e fora de contexto qualquer discussão à respeito das composições chapas”. É melhor declarar logo que baixou a cabeça, outra vez, para Flávio Veras e que renunciou o sonho de ser prefeito de Macau, se resignando a qualidade de vice.

Na confortável posição de aliado do prefeito de Macau, Flávio Veras, o PSB nunca foi exemplo de gestão política. Na verdade, há tempos que a Educação municipal está um verdadeiro caos. Desde que foi entregue aos cuidados do Partido Socialista Brasileiro a situação se agravou muito. Parece até que o prefeito torce para que a Educação municipal fracasse para culpar alguém!

Portanto, a preocupação com os problemas da cidade, descritos pelo doutor Eduardo Lemos na carta “Aos Macauenses” publicada no blog de Irineu, é uma declaração vã, sem consistência política. É admitir que o prefeito Flávio Veras esteja trilhando no caminho político correto. Pelos menos, por enquanto.

3 comentários:

  1. Carissíma Ana Emília Fernandes – jornalista.
    Espero que os anos de jornalismo ao menos lhe tragam a veracidade de compreender que a necessidade de existir politíca, ora bolas, é pelo fato de se haver a necessidade de representar os cidadãos de uma cidade em todas as suas as áreas que garantem a nossa CF/1988.
    Vendo assim, o que esses deviam fazer era, tendo vergonha nas suas caras, discutir melhorias para o povo e a cidade como um todo.
    Volte aos bancos da faculdade e procure ler mais e pensar idem no que escreve.
    Hiprocrisia, você quer e tem a sua para viver!
    E, detalhe, não pertenço a nenhum partido, coligação ou tenho ninguém em vista para representar o povo.
    Espero, confiante, que melhores nomes apareçam para assim firmar candidaturas a altura de representar realmente o povo macauense.
    No qual me enquadro.
    Passar bem,
    Wanesca Souza

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  2. É lamentável, minha cara jornalista, debater o futuro de Macau no "Forró da Véia", ainda mais contando com as "véias" figuras retógradas da política da Terra das Salinas. É lamentável!


    Beco das Almas

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  3. Faço minhas as sua palavras cara Wanesca Souza que não conheço e teria enorme prazer em conhecer.

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