sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Chico de Maneco

O café de Anísio, no antigo mercado de Macau, era ponto de encontro de todos os macauenses que gostavam de jogar conversa fora e apreciadores de um bom cafezinho. As pessoas procuravam o local para se atualizarem sobre os acontecimentos da cidade.

Entre as pessoas que freqüentavam o café, tinha uma figura bastante singular: Chico de Maneco, vigia da Prefeitura, irreverente e que tinha um voizerão, só falava aos gritos e, fr longe, podia-se ouvir perfeitamente qualquer segredo que contasse.

Certo dia, Chico chega ao café e vai dizendo:

- Quem for corno, olhe pra mim.

O balcão lotado, todos olharam. Não que atendessem a exigência do chamado, mas pelo tom da convocação. O que Chico não esperava que, entre os presentes estava o Meritíssimo Juiz de Direito da Comarca. Após perceber a mancada que havia cometido, Chico procurou corrigir, dizendo:

- E quem não for corno, olhe também.

(do livro “Humor com gosto de sal”, de Getúlio Teixeira. Editora Sebo Vermelho, Natal RN 2003)

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