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A intenção desta coluna é resgatar uma época de nossa cidade, peço a colaboração dos leitores que enviem sugestões.
Das Baganas de Macau
As baganas existiam em todos os cantos da cidade. Apresentadas de diversas formas e conduzidas em recipientes dos mais diferentes, tabuleiros, latas de biscoitos, etc.
Pirulito, oferecidos, com direito a música, em tabuleiros postados na ponta de um bastão. Eram coloridos, enrolados em papel de seda.
Gelé, vendidos em grandes tabuleiros que era conduzido na cabeça dos vendedores, feito de açúcar tinha a cobertura de pedaços de coco. Comprado em pedaços e enrolado em papel.
Cavaco Chinês, conduzidos em grandes tambores de flande, bastava a meninada ouvir o som do triangulo e corriam para comprar.
Os filós, vendidos em latas de biscoitos de cinco quilos, eram produzidos por Dona Rosa de Lino Bico, moradora da Rua da Gameleira. O doce era vendido através de seus filhos Ribinha e Djalma. A guloseima era disputada quase à tapa pela meninada. Era uma espécie de bolinho mergulhado em um mel que chegava a derreter na boca.
Djalma, que era o mais sapeca, muitas vezes deixava a lata em um canto e ia brincar. Quando voltava encontrava a lata vazia e abria o bocão a chorar, pois sabia que ao chegar em casa tinha que prestar conta. Como não levava dinheiro a surra de *malarriá estava preparada.
Puxa-puxa, feitos com açúcar branco ou açúcar preto. Vendidos em grandes tabuleiros forrados com goma e cobertos com um pano branco.
Friviado, era um docinho que somente Belinha de Zé de Joia sabia fazer. Tinha um menino de nome Francisco, que era quem vendia o doce. De tanto gritar a bagana pela cidade terminou absorvendo o nome e ficou conhecido como Chico Friviado, meu amigo e colega escoteiro.
Cocada, suspiro, raiva, cocorote e bolo, era quase o lanche obrigatório dos alunos do curso matutino do Grupo Escolar Duque de Caxias. A professora Lurdes Ferreira levava uma lata de biscoito com a bagana e na hora do recreio os alunos faziam a festa. A grande preocupação da professora era com Lechéu (Valério Wanderley). Quando a mestra se descuidava Lechéu papava tudo e ela tinha que cobrar de Wilson Wanderley o prejuízo. Quem vendia as delicias pelas ruas era Neguinho Chita, filho de Leopoldo.
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