Conforme o sindicalista Araújo, a maioria das escolas municipais tem as salas mal iluminadas, janelas quebradas, instalação elétrica comprometida, sem ventilador e um calor insuportável. As professoras também sofrem com o calor, salas pequenas e com a falta de material pedagógico básico.
“As escolas de Macau são um amontoado de caixotes para colocar os alunos dentro”, já dizia o professor Benito Barros há algum tempo atrás. A atual administração trata mal as escolas do município, ignorando sua obrigação com a educação, deixando os prédios escolares sem a mínima manutenção e causando sérias destruições as estruturas.
Apesar da alta arrecadação do município de Macau, que deveria ser um dos melhores sistemas educacionais de toda a Região Salineira, as condições das escolas estão abaixo das mínimas. Em algumas escolas faltam materiais básicos para os professores trabalhar como: giz para escrever no quadro-negro ou papel para as atividades pedagógicas.
“Nossas escolas funcionam com as mínimas condições. Isso é um absurdo”, desabafa o sindicalista do Sinte-RN (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte), Antonio Araújo, ressaltando que a Escola Padre João Penha Filho é exemplo desse quadro grave de degradação, uma escola sem a mínima estrutura para funcionar.
Em 6 anos de mandato, apenas 1 escola erguida
Os bebedouros nas escolas municipais são os retratos do descaso. Na foto, o bebedouro está sendo escorado com uma banda de tijolo, além da ferrugem atancando por causa do derramamento d'água.
“Nós somos obrigados a dizer que existem as escolas. Mas, se a comunidade for olhar direitinho vai descobrir que não existe um ambiente escolar ideal para seus filhos”, relatou o sindicalista, ressaltando que o município tem um prédio chamado de “escola modelo”, único estabelecimento educacional feito em 6 anos de mandato do prefeito Flávio Veras.
Araújo lembra que os prédios onde funcionam as escolas de Macau não foram construídos para servirem de escolas. Segundo ele, os locais foram usados aleatoriamente para colocar os alunos amontoadas. “A gente é obrigado a dizer que existe a escola Padre João Penha Filho porque prédio está lá. Mas, não há estrutura de escola”, disse.
A “escola modelo” de Macau começou a ser construída no primeiro mandato do prefeito, quando Flávio Veras passava por sérias ebulições políticas com a constante cassação de seu mandato e a prefeitura ficou nas mãos do vereador Zé Filho, que na época era o presidente da Câmera Municipal. “Foi Zé Filho quem deu o ponta pé inicial para construir a escola”, afirmou.
Depois das confusões com o Tribunal Eleitoral, o prefeito Flávio Veras terminou a Escola Municipal Ednor Avelino, localizada no Valadão. Apesar de ser dita como “escola modelo”, ela não serve como modelo. Falta d’água, péssimas instalações elétricas, pátio da escola na beira da maré, o saneamento da escola comprometido, além das salas sem ventilação.
Caro Editor, quero fazer um pequeno reparo na notícia "Escolas de Macau estão em ruínas" 1º a legenda da foto tem o meu nome, mas a fotografia é de Antônio Araújo Neto, também Coordenador do SINTE-RN/Regional de Macau; 2º numa parte da notícia, o editor escreveu que "As escolas também abrigam dois níveis de ensino no mesmo horário: alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, misturando adolescentes com crianças pequenas.". Não temos o Ensino Médio mantido pela Prefeitura de Macau...E, por último, esta notícia foi postada aqui com a data de 22/08/2010, mas a referida notícia já havia sido publicada numa das edições de um desses jornais, circunstanciais, aqui em Macau. Chamo a atenção para este último ponto, caro editor, para que este blog não trilhe o caminho da grande maioria dos seus congêres da cidade e da região que, apenas circunstancialmente, mantém uma linha editorial de acordo com a conveniência dos seus editores, já que este blog se diz estar a serviço da região.
ResponderExcluirGrato,
Manoel Nazreno da Silva
Professor da rede pública municipal de Macau, Coordenador do SINTE-RN/Regional de Macau.