Daniel Dantas é um dos empresários mais respeitados de Macau.
Texto e fotos: Alex Gurgel
jornalista (alex-gurgel@oi.com.br)
Desde menino, quando só andava sem camisa e com os pés no chão, Daniel aprendeu a jogar biloca (bola de gude) para ganhar outras bolas dos amigos durante as brincadeiras lúdicas daquele tempo. As bolas excedentes, Daniel vendia aos outros meninos por um preço razoável. Além de ganhar dinheiro, ele ficava com as melhores bolas no bornal, que carregada feito cinturão sem desgrudar do couro.
jornalista (alex-gurgel@oi.com.br)
Desde menino, quando só andava sem camisa e com os pés no chão, Daniel aprendeu a jogar biloca (bola de gude) para ganhar outras bolas dos amigos durante as brincadeiras lúdicas daquele tempo. As bolas excedentes, Daniel vendia aos outros meninos por um preço razoável. Além de ganhar dinheiro, ele ficava com as melhores bolas no bornal, que carregada feito cinturão sem desgrudar do couro.
O gosto pelo varejo veio com o tempo e foi reforçado na “Cred Discos” do velho Francisco Dantas de Araújo (seu pai), quando passava as tarde no balcão, depois de uma manhã inteira na escola. Daniel confessa que seu pai o encorajava a ficar no comércio e sua mãe preferia que estudasse. Veio para Natal e terminou o segundo grau. Pouco depois, alçou vôos acadêmicos internacionais buscando um título de doutor.
Quase um ano estudando odontologia na Bolívia foi suficiente para convencê-lo que não tinha aptidão para trabalhar cutucando a boca escancarada dos seus pacientes. Morrendo de saudades da família, Daniel voltou para Macau e decidiu se dedicar ao negócio do pai, uma loja onde vendia discos, fitas, livros, roupas e outras mercadorias de primeira linha.
Em princípio, quando o neófito comerciante queria fazer mudanças naquele pequeno armazém de secos, seu Dantas não parava de reclamar. Como todo velho sertanejo arredio, ele não gostava da modernidade que avançava rapidamente por dentro da loja. Com o tempo e o aumento dos negócios, ele se deu conta que o menino Daniel cresceu e virou um grande empresário em Macau, dando orgulho a herança comercial da família Dantas.
Daniel faz questão de salientar que o comércio está para a sua família assim com o sal para Macau. No seu tempo de moço, seu pai foi comerciante dos bons, que conhecia o oficio da boa solércia como poucos vendedores. “Meu pai sempre acreditou no comércio macauense. Ele sabia qual a melhor mercadoria a ser vendida em determinadas épocas do ano. Era um expert em comércio e um macauense apaixonado por sua terra”, disse.
Daniel sempre investiu no comércio macauense porque acredita que circula muito dinheiro na Região Salineira, sendo a cidade de Macau o principal pólo desse território financeiro. De acordo com Daniel Dantas, não há diferença para o cliente comprar um televisor moderno em Natal ou em Macau porque o preço é o mesmo. “O comércio está muito globalizado e a concorrência é feroz. Vende quem tem melhor preço e prazo”, concluiu.
Sempre investindo no futuro, Daniel foi incrementando a loja com produtos diversificados para o freguês macauense ficar satisfeito e pagar em dia. “Era só eu e meu pai. Hoje, nós temos 17 funcionários e o espaço físico da loja quadruplicou”, disse Daniel, ressaltando que ele entrou como sócio de um grupo chamado Casas Potiguar com mais de 40 lojas espalhadas pelo Rio Grande do Norte. “Cada sócio com sua loja dentro da rede. Minha mesmo, só tem a loja de Macau”, frisou.
Como um empresário antenado no mundo dos negócios, Daniel participou da Feira MovelSul, a maior feira de móveis do país, que foi realizada no final de março em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, um dos maiores pólos moveleiros do país, com 265 indústrias de móveis. “Móveis com novos designers e as tendências de moda são vendidos nas Casas Potiguar. O que há de melhor no mercado nacional a gente vai trazer para Macau”, orgulha-se.
Para Daniel Dantas, a fórmula do sucesso é fazer o que gosta com dedicação e trabalho pesado. O jovem comerciante confessa que o segredo para se ter êxito no comércio é ter bons produtos, preços baixo, um bom prazo para pagamento e ter a confiança do cliente e a sensação que em sua loja se faz sempre bons negócios. “Para manter a tradição do meu pai, ainda vendo CDs (originais) de músicas na loja em meio a eletrodomésticos, cama, mesa e banho”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário