Macau, uma cidade mal educada

Fotos: AG Sued

Escolas macauenses estão funcionando sem a devida infra-estrutura

 Da Redação

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Apesar de ser uma cidade rica, recebendo mais de 2 milhões de Reais por mês em royalties pela exploração de petróleo e gás, além da indústria salineira que deixa riquezas para a cidade, o prefeito Flávio Veras insiste em maltratar a Educação macauense. A maioria das escolas da rede municipal está sem infra-estrutura para funcionar, faltando até papel para os alunos fazerem suas provas.

Conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), Regional Macau, o estado da Educação em Macau é um caos. O quadro de professores está incompleto, não há pessoal de apoio, suficiente e não há material de limpeza nas escolas. Em Diogo Lopes, algumas escolas liberam os alunos antes das aulas acabarem porque não há merenda escolar para as crianças.

A Prefeitura de Macau desrespeita o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos professores municipais desde que o prefeito Flávio Veras assumiu o poder, se recusando a pagar o Piso Nacional dos Professores. “Se os professores não recebem o que merecem, eles ficam desestimulados a dar aulas. O maior prejudicado é o aluno”, disse o jornalista Bosco Afonso, ressaltando que vários pais de famílias já reclamaram que os filhos estão chegando em casa mais cedo.

Como forma de pressionar a Prefeitura de Macau a cumprir com a Lei do Piso Nacional, os professores da rede municipal estão fazendo uma “parada de advertência” toda quarta-feira, um ato de protesto pelo descaso com a Educação macauense, na Praça Monsenhor Honório, vizinho ao gabinete do prefeito Flávio Veras. “É preciso que aconteça uma grande transformação na Educação macauense para que nossos filhos tenham qualidade no aprendizado. Nós macauenses estamos vivendo muitos anos de atraso com essa gestão”, salientou Bosco.

Biblioteca de uma escola municipal não tem cadeiras, iluminação nem ventilação.

Bebedouro antigo com tijolos servindo como pés. Perigo constante de acidentes.

Sala de aula sem janelas, sem ventilação e sem a devida iluminação elétrica.

Caixa elétrica aberta, um perigo constante para os alunos do município.