Maria de Lourdes Coelho
Macau! Por entre o mar se descortina,
muito além – a cidade flutuante.
Maravilha do olhar, brilha distante,
na sucessão dos prédios – a salina
A miragem se agrava na retina
enche a alma de um gozo palpitante.
Além, o sol no mar bate espelhante,
qual chuveiro de prata peregrina.
Possui, no encanto das imagens, certo,
um mistério de coisas diferentes
que alegra a vista, seja longe ou perto.
Macau – seu todo de beleza encerra
a beleza sem par dos cata-ventos,
dos moinhos sem par de minha terra.
In “Macau, canto de amor e saudades”, de Aparício Fernandes, Capeão Gráfica e Editora RN, 1984)
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