Cohab: o retrato do abandono

Jairo Pardal mostra o abandono de 50 famílias que vivem sem a menor infra-estrutura nas novas casas do Conjunto da Cohab.

Da Redação | pvmacau@gmail.com

Cerca de 50 famílias moram nas novas casas do conjunto Afonso Solino Bezerra, mais conhecido em Macau como Cohab, estão sem a mínima infra-estrutura para morar.  As casas foram entregues há mais de 03 anos e a Prefeitura de Macau ainda não fez sua parte, colocando iluminação pública, saneamento básico e pavimentação.

Andando pelo conjunto das novas casas, Jairo Pardal aponta fossas estouradas, esgoto a céu aberto, lixo espalhado pelas ruas e mostra os postes sem iluminação. “Não existe ruas ou calçadas demarcadas na nova comunidade. Durante a noite, ninguém se arrisca andar pelo escuro”, disse Pardal, salientando que a comunidade foi esquecida pela Prefeitura de Macau.

No conjunto da Cohab, na Rua das Vedelias, há 04 bocas de lobo abertas com o esgoto na rua e expondo a população a doenças. Os moradores reclamam do mal cheiro constante, principalmente em dias de chuva. A dona de casa Alzenir Fernandes, mora na rua há 15 anos com duas filhas, se sente incomodada com o com o fedor do bueiro aberto. “A gente improvisa uma tampão porque tem muita barata saindo do buraco e a Prefeitura não faz nada”, reclama.

Pardal também mostra a falta de planejamento da Prefeitura de Macau em fazer o aceso que liga o conjunto da Cohab com a comunidade Terra de Deus, onde mais de 60 famílias vivem quase isolados. A estrada que sai da Cohab e dá acesso a BR 406 está intrafegável, cheia de buracos. “É preciso fazer um desvio de 30 km para não andar nessa buraqueira”, disse José Roberto motorista de alternativo e morador do conjunto.

As ruas não são calçadas e não há iluminação pública.

A estreita avenida que dá acesso a comunidade Terra de Deus.

Bocas de Lobo aberta causando mal cheiro a população da Cohab.

Pardal aponta uma fossa estourada nas novas casas da Cohab.

Todas as ruas das novas casas não têm iluminação pública e nem calçamento.