terça-feira, 9 de agosto de 2011

Macau é uma ilha com lixo por toda parte

Todo dia, o lixo é depositado em Salinópolis pela Prefeitura de Macau. Ao fundo, a Alcanorte é testemunha do crime ambiental que está sendo cometido.

Da Redação | pvmacau@gmail.com

Se as pessoas começarem a olhar no entorno da cidade, elas vão poder observar que Macau está se tornando uma ilha rodeada de lixo, que está espalhado aos montes nas cercanias da cidade e das comunidades. Em Salinópolis, por trás da Alcanorte e ao lado da estrada que vai para o Recanto da Ema, o lixo é despejado pela Prefeitura de Macau e já cobre uma grande área de caatinga.

O blog Macau em Dia vem denunciando a um ano que, diariamente, o lixo que é produzido em Barreiras e Diogo Lopes, a Prefeitura de Macau deposita diretamente nas dunas das comunidades. O mais grave é que esse crime ambiental praticado pelo município está acontecendo dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão. Além do fedor que o lixo ocasiona, existe o perigo da contaminação do lençol freático debaixo das dunas.

No conjunto da Cohab, o lixo é jogado diretamente na área de caatinga pela própria população. Segundo Sebastião Maia, morador do conjunto, como a Prefeitura demora a passar para recolher o lixo, as pessoas preferem jogar o lixo “nos matos”. Na Ilha de Santana, há vários bolsões de lixo espalhados pela comunidade. Segundo José Erinaldo, conhecido como Meu Jovem, o lixo está sendo colocado na beira do Rio Açu.

Conforme o jornalista Bosco Afonso, o descaso com o lixo em Macau é o reflexo da péssima administração da Prefeitura, responsável pelo recolhimento, transporte e destino final de todo o lixo produzido no município. “O Ministério Público precisa fazer uma intervenção para que a Prefeitura pare de cometer esse crime ambiental nos arredores de Macau”, disse Bosco, ressaltando que a falta de trato com o lixo de Macau é um desleixo com o dinheiro público.

Bosco Afonso defende um estudo sério para conter o avanço do lixo nos arredores de Macau, criando políticas públicas que preservasse o meio-ambiente, através de mecanismos de reciclagem do lixo e de campanhas de conscientização da população do uso correto do lixo. “É preciso investir na proteção do meio-ambiente. Precisa ser feita uma coleta seletiva e o lixo ser tratado de maneira correta,” disse Bosco.

Bosco Afonso ficou impressionado com a grande quantidade de lixo existente nas dunas de Barreiras e Diogo Lopes.

O "lixão de Macau" deveria ser uma estação de trasbordo, onde o lixo deveria ser tratado, antes de ser enterrado na caatinga.

O lixo é depositado na mata catingueira sem nenhum tratamento. Um crime ecológico sem precedentes.

Pessoas fazem barracos no lixão de Macau e se submetem a viver dentro do lixo para juntar material  reciclável.

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