A última palhaçada do prefeito

Foto: Arafran Peter

Ana Emília Fernandes | articulista

O prefeito de Macau, Flávio Veras, continua praticando uma política arcaica no município na base de “pão e circo” para que os cidadãos esqueçam os problemas que a cidade enfrenta pela falta de políticas sérias que tragam verdadeiros benefícios para o povo. Enquanto o senhor prefeito Flávio Veras brinca de palhaço, trazendo um circo para Macau no Dia da Criança, não existe uma incubadora infantil na cidade para salvar crianças pré-maturas.

A maternidade da cidade não dispõe de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Se na hora do parto, a criança tiver problemas de saúde pode vir a óbito porque não há equipamentos. Mas, o prefeito Flávio Veras paga caro pra trazer bandas para animar a garotada e a distribuição de presentes é alardeada pelos blogs oficiais do governo Veras, mostrando como é fácil fazer política circense com o dinheiro público e com a certeza da impunidade.

Por falta de infra-estrutura na saúde macauense, a própria filha do prefeito sentiu na pele o mal que seu pai faz ao município. Ela (a filha) passou mal e foi levada ao Hospital Antônio Ferraz, foi medicada, mas não havia lençóis para cobrir a cama. O intelectual macauense Benito Barros sofreu muito com a falta de infra-estrutura na saúde da sua terra, antes de ser levado à Natal. Recentemente, a diretora do hospital precisou fazer um Raio X para identificar uma fratura na bacia e descobriu que o aparelho está quebrado.

O prefeito ainda tem a cara de pau de dizer que estava comemorando o Dia das Crianças. Porém, o senhor Flávio Veras esqueceu-se de dizer “o que” deve ser comemorado. Há uma escola no Canto do Papagaio que não tem banheiro. Quando o aluno precisa fazer as necessidades fisiológicas tem que ir para sua casa. A Escola Municipal Maura Bezerra, na Cohab, é o retrato do caos na educação de Macau: bebedouro quebrado, banheiros insalubres, salas quentes, biblioteca sem cadeira e iluminação, fiação exposta e etc.

Os professores estão em pé de guerra com a administração do senhor Flávio Veras, exigindo  melhores condições de trabalho, além de um concurso público para acabar com a politicagem dos contratos temporários, onde pessoas despreparadas são colocadas em sala de aula por indicação de vereadores da bancada do prefeito. Com o professor trabalhando insatisfeito quem perde é o aluno, que deixa de ter uma boa educação porque o prefeito de Macau prefere fazer uma política de palhaço, com muito circo e poucos livros.

Até bem pouco tempo, o blogueiro Irineu Cândido apontava os desmando do senhor Flávio Veras, mostrando no seu blog toda a incompetência administrativa do prefeito de Macau. Com fotos, o blogueiro mostrou que uma escola em Diogo Lopes só tinha a metade de um pimentão e uma cebola para temperar a merenda escolar. Um absurdo para os padrões de uma cidade que ganha muito dinheiro com a arrecadação de royalties, além do repasse do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

O senhor Flávio Vera é uma vergonha para Macau. Além de maltratar os macauenses com manobras políticas mesquinhas, muitas vezes humilhando as pessoas em troca do parco salário, outras vezes dizendo aos quatro cantos que “sabe o preço de cada um em Macau”. O prefeito Flávio Veras parece que não tem um pingo de vergonha pelo fato de ele responder mais de 50 processos na Justiça Eleitoral com as mais diversas acusações por corrupção eleitoral, compra de votos e abuso do poder econômico. O típico político corrupto que tem a ficha suja, mas continua no cargo por causa da morosidade da Justiça brasileira, onde impera a impunidade.

No meio desse picadeiro que se instalou na prefeitura de Macau, não será difícil aparecer um mágico para fazer desaparecer as contas com a gastança do dinheiro público no pagamento de bandas, contratação de palhaços (e precisava?), compra de presentes, de pipoca, picolé, lanches, brinquedos como pula-pula e cama elástica, show musical, sorteio de brindes com show de calouros e a entrega de presentes. Além de outros gastos na infra-estrutura para manter o circo funcionando. Com um bubu na boca, os malabaristas governistas vão defender a política de “pão e circo” sem questionar e continua escondendo o desgoverno do incompetente prefeito de Macau. Mas, essa não será a última palhaçada.