Macau rica e o povo pobre

Dona Maria mostra a situação de sua casa de taipa, que está caindo aos pedaços. Ela não tem onde morar e está solicitando ajuda a Secretaria de Ação Social municipal.

Algumas semanas atrás, a cidade ficou horrorizada com a situação vivida pelo garoto Ricardo e seu pai, que esquecidos pelo Poder Público se abrigaram na sombra de uma Jurema. O professor Nazareno fez o alerta para toda sociedade macuense, e após isso, as autoridades fingiram não saber de nada. No entanto, a situação de Ricardo e seu pai, não é uma exceção em Macau, tornou-se uma regra. O povo está jogado na rua, entregue a própria sorte.

Na comunidade de Sertãozinho, dona Maria da Conceição tem 45 anos, desempregada e sem marido, vive um grande drama por não ter uma casa para morar. Dona Maria da Conceição foi obrigada a deixar sua humilde casa e morar de favor, num quartinho apertado no fundo da casa de amigos, porque sua casa de taipa está ameaçada de desabar. “Eu moro aqui há 20 anos e não tenho para onde ir”, desabafou dona Maria.

A única renda de dona Maria é R$ 70,00 do programa Bolsa Escola do Governo Federal porque io filho estuda numa escola pública. Para sobreviver durante o mês, ela “faz bicos” e conta com a ajuda do amigo Valdecy Batista, líder comunitário de Sertãozinho e a voz desse povo mais humilde que não sabe a quem recorrer. “Eu fiz meu cadastro na Prefeitura de Macau, mas nunca fui chamada”, reclama sobre o descaso da Secretaria de Ação Social.

O povo de Macau vive abandonado e o prefeito Flávio Veras esbanja dinheiro em asfalto suspeito de superfaturamento e indícios de corrupção enquanto seu secretário de Saúde, Dr. Diá, comete atos suspeitos com o dinheiro público com PSF fantasmas e CAPS que deveriam já está funcionando. Uma cidade rica, que arrecada mais de 60 milhões de Reais por ano, produz gente na miséria como o menino Ricardo e seu pai na Cohab, além de dona Maria em Sertãozinho.

O blog já fez matérias com outras pessoas numa situação de miséria absoluta. Na Rua Alecrim, mora uma senhora chamada dona Enilde Ferreira, sua casa está desabando e ela não tem a quem recorrer. O teto da casa é cheio de goteiras,  o banheiro não tem porta e a parede lateral caiu com as chuvas, a cumeeira é segura apenas com um tijolo, perigando cair a qualquer momento. O piso da casa inteira é de chão batido. Não há água nem luz elétrica. O mal cheiro toma conta do ambiente.

Veja matéria com dona Enilde Ferreira:

http://macauemdia.blogspot.com/2011/06/uma-vida-na-miseria.html