terça-feira, 7 de junho de 2011

Uma vida na miséria

Dona Enilde mora na Rua Alecrim numa casa caindo aos pedaços,
sem água encanada nem luz elétrica há mais de um ano

Da Redação | pvmacau@gmail.com

A cidade de Macau arrecada muito dinheiro, mais de 2 milhões de Reais por mês, com  os royalties devido a exploração de petróleo e gás natural, além de faturar um grande volume de receita proveniente do ICMS da indústria salineira, responsável por 95% do sal produzido no Brasil.

Mesmo sendo uma cidade rica, alguns filhos de Macau vivem na mais absoluta miséria. A reportagem do blog Macau em Dia encontrou a senhora Enilde Ferreira, 58 anos, morando numa casa caindo aos pedaços. Ela não tem parentes em Macau e disse que os filhos moram em Natal. “Meus filhos me esqueceram, eles não ligam pra mim”, disse emocionada.

Sem ganhar nenhum benefício social do Governo Federal e nem da Prefeitura de Macau, dona Enilde Ferreira mora numa pequena casa na Rua Alecrim. O teto da casa é cheio de goteiras,  o banheiro não tem porta e a parede lateral caiu com as chuvas, a cumeeira é segura apenas com um tijolo, perigando cair a qualquer momento. O piso da casa inteira é de chão batido.

Dona Enilde Ferreira vive também com um pequeno fogão de lenha, sem água encanada nem luz elétrica, cortadas há mais de um ano por falta de pagamento. “Eu tenho muito desgosto da minha vida”, afirmou a pobre senhora, ressaltando que tem dias que ela vai dormir com fome. “Eu vivo no escuro. Há vários gabirus circulando durante a noite dentro da minha casa. Eu morro de medo”

Ela afirma que já procurou a Prefeitura de Macau por diversas oportunidades e que já levou vários chás-de-cadeira esperando pela secretária de assistência social, Magali Marcelino, porém nunca foi atendida com uma cesta básica. “Se não fosse a piedade dos vizinhos que me dão um prato de comida, eu já tinha morrido”, disse.

2 comentários:

  1. Com todo respeito, acho que atribuir a miséria ao poder local e uma discussão meio simplista. Para os "neófitos" Macau já foi muito mais miserável. quem nasceu em 60, como eu, que tinha notícias dos piores dias vividos outrora, pode, observador que sou, perceber que ela persiste, todavia, em menor intensidade. A nossa cidade, o nosso Estado, o nosso País só vai erradicar a miséria, coisa que nem os países nórdicos o fizeram totalmente, quando fizer uma opção definitiva de priorizar a educação. O nosso Estado é pobre, mas nãp prioriza a educação. O turismo é tido como prioridade absoluta. O turista saí do hotel, passa pela via costeira, depreda as dunas, pisoteia milhões de minúsculos carangueijos com bugues na Barra do Rio, à noite vai para o turismo sexual ou algum forró e depois vai embora. As crianças, ficam aqui comendo "cuscuz alegado", seco. Qual a diferênça entre construir um estádio de 500 milhões e aparelhar o sistema educativo do estado? Este, não tem visibilidade, além de preparar cidadãos que jamais se submeteriam a viver sob a égide de dinastias, de famílias que se alternam no poder há um século usufruíndo das benesses do Estado; aquele, servirá para propagandear os feitios dessa gente que, diante da perpétua ignorância do povo potiguar, fazem de tudo para não largar, jamais, o osso.

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  2. Concordo plenamente com seus dizeres prezado colega anonimo, é hilario! Todo poder da cúpula poderosa do país se reúne para construir megas estádios com a desculpa que trará benifícios, riquezas ao país... ha quanto eu não isso? Se encaixa o dito popular; "Querem tapar o sol com a peneira"

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