quarta-feira, 25 de abril de 2012

Entrevista com Doutor Eduardo

Doutor Eduardo Lemos fala com exclusividade ao blog Macau em Dia.

O que lhe motiva a ser prefeito de Macau?
A motivação é impulsionada pelo desejo de mudar algumas situações, que eu acho que posso contribuir com essas mudanças. Sei que tenho que reunir um grupo de pessoas com essa mesma motivação porque sozinho ninguém consegue nada, pessoas engajadas no projeto de transformar Macau, um sonho possível de fazer a vida em Macau muito melhor.

Quais suas idéias para criar uma plataforma de campanha?
Pelo fato de eu ser médico, o fato que as pessoas mais me cobram é a preocupação com a Saúde. Veja bem, um município do porte de Macau, com recursos originários de ICMS, royalties e tantos outras fontes, não pode se ater aos recursos do SUS para manter a população com saúde. Mesmo porque os recursos são poucos. Porém, o grande volume de dinheiro, permite que o OGM (Orçamento Geral do Município) destine uma parte da verba para a Saúde Pública municipal. Atualmente, a Saúde de Macau vive uma dificuldade muito grande, desde a simples distribuição de medicamentos até a presença do médico no dia-a-dia para que possa prestar uma assistência digna às pessoas. As pessoas devem ter a certeza que terá consultas médicas quando for marcada e será atendido por um médico especialista. O Hospital Antonio Ferraz deve oferecer um atendimento digno para a população da cidade. Enfim, são medidas básicas de grande alcance social. Se fôssemos conversar sobre Saúde, passaríamos o dia inteiro... Há muito projetos para melhorar a Saúde macauenses que vamos debater na hora certa.

O grande volume de alunos nas escolas municipais, atraídos pela “cesta básica” que a Prefeitura doa às famílias dos estudantes, está se tornando um problema de superlotação nas escolas, acarretando salas de aulas com muito calor e professores sobrecarregados. Como o senhor está vendo essa situação?
Quando o PSB participou deste governo de tristes lembranças foi severamente boicotado nas suas iniciativas na Secretaria de Educação, com repercussões e conseqüências imediatas para a classe estudantil da cidade. As cestas básicas têm um caráter, eminentemente, eleitoreiro. Não se dimensionou o estrago que faria na cidade. O município está deficiente há anos e não dá uma resposta satisfatória nesse grande contingente de alunos por falta de estrutura em sala de aula, escolas depredadas e sucateadas, desrespeito contínuo e freqüente ao educador (professor)... Você imagine, o atrativo das cestas básicas numa cidade de pessoas pobres que necessitam comer! O prefeito criou um mecanismo eleitoreiro, esvaziando toda a Rede Estadual. Mas, tudo isso é fácil de entender. Quando as pessoas não têm educação, é muito difícil que elas se preocuparem com o que lhes falta, a Educação.

Nos últimos seis anos, Macau recebeu um volume de verbas em torno de R$ 500 milhões, entre convênio, impostos, arrecadação, etc. O que se vê na cidade é a total falta de estrutura beneficiando a qualidade de vida das pessoas. O que pode ser feito para melhorar?
Primeiro, é necessário que se preste conta do dinheiro que entrou. Para isso, o Ministério Público e as autoridades competentes teriam que se envolver profundamente e se debruçar numa auditoria impiedosa e responsável para ver onde esse dinheiro foi aplicado. Esse banho de asfalto que a cidade levou é uma forma de justificar o gasto desse dinheiro. É uma forma de dá visibilidade para uma candidatura que se aproxima. Mas, qual é o efeito prático disso tudo para a cidade? Em que mudou a vida do cidadão macauense? A Saúde continua do mesmo jeito, Educação desrespeitada e mal-tratada e os jovens sem esperança de um futuro melhor. Então, essa é uma situação visual e com ressalvas: será que esses recursos foram aplicados com correção, com lisura? Os preços praticados são os preços de mercado? As áreas asfaltadas correspondem no papel ao que foi feito na prática? Existem indagações da legalidade da situação e o resultado prático para beneficiar a cidade que ninguém ver.

Afinal, doutor Eduardo, a oposição está unida?
Eu vejo uma oposição muito unida pelo prospecto básico. Se o leitor analisar as pessoas que fazem parte da oposição, elas são pessoas genuinamente macauenses, com traços, raízes, afinidades, familiares e amigos remanescentes desde a infância. Então, o sentimento de proteção a cidade é muito maior do que aquelas pessoas que vêm de fora, sem nenhuma intimidade ou afinidade com o município. Esse fato por si só já liga todo o sentimento de oposição. Eu acho que a oposição vai manter a unidade, sim.

Em relação à Frente Oposicionista Macauense, o senhor vai aceitar o que ficar decidido e apoiar o candidato escolhido pelos critérios acordados?
Claro que vou ceitar o que ficar decidido. A oposição precisa continuar unidade e os critérios adotados para a escolha do nome que irá representar todos deverão ser abrangentes. Além das pesquisas, eu acho que deverá ser levada em conta a capacidade de agregar e aglutinar do candidato, a perspectiva que o candidato vai cumprir com sua palavra. Além de ser uma candidatura com fôlego. Nós não podemos ter no páreo cavalos paraguaios que começam robustos e na metade do caminho, eles cansam, têm sede e param de competir. Nós precisamos de uma candidatura forte e com um grande potencial de crescimento durante a campanha. Eu não tenho dúvida que o sentimento oposicionista em torno de um candidato preparado e todos com vontade de mudar será uma vitória contra um projeto pessoal do prefeito que já está nas ruas. Macau vai ter a opção de ficar com um projeto político pessoal de um prefeito que quer se perpetuar no poder ou mudar para melhor com um grupo de macauenses que querem trazer algo que melhore a qualidade de vida de todos os cidadãos de Macau a partir do dia 1º de janeiro de 2013.

4 comentários:

  1. Eu acredito neste Dr. E seria ótimo se todos ou a maioria acreditasse nele também, pois estamos ouvindo promessas de um homem que não chegou a prefeitura ainda, enquanto FV já teve 3 chances pra provar que merece confiança e em nenhuma das 3 ele honrou a confiança que os macauenses depositaram nele.

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  2. Antonio SIlva, Macau! nunca! vi tantas espectativas na boca dos macauense de mudar, tudo isso, que fulando de tal,é ruim, fulando foi bom!fulando vai fazer! negativo a ultima gestão do outro prefeito foi assim. Obras, Inacabadas, abandono dos Servidores Publicos, da Educação, da Saúde, dos problema da cidade e dos destritos não é assim meu povo, porque quando o sr José Antonio Meneses estava no poder no final do ultimo governo dele mostrou que tambem que trabalhou demais. abandonou a nossa cidade. vcs não lembram? pois eu lembro a não ser que vocês tenham memoria curta. obg.

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  3. A diferença é que nunca os macauenses foram tão humilhados como agora nessa gestão, HUMILHADOS E PISOTEADOS.

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  4. Concordo com vc emanuelly!vamos dar um voto de confiança ao o doutor.o que não pode mais e flavio veras humilhar as pessoas que são contratos,a saúde continuar do geito que esta,a educação pior ainda.vamos mudar macau! Acorda macau! Kerginaldo pinto nãoooooo.

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