terça-feira, 17 de julho de 2012

Salinópolis abandonada e esquecida

O catavento Azul é testemunha do abandono que a comunidade de Salinópolis está sofrendo com a ausência da Prefeitura de Macau.

Macau é com certeza uma terra abençoada, de belezas naturais inúmeras e imensuráveis, de povo batalhador, honrado, rico de espírito, mas em grande maioria pobre e excluída do Direito a Cidadania Plena. Uma cidade rica e de povo pobre. Terra de políticos e administradores mais pobres ainda, não financeiramente, ma pobre de caráter, sensatez e capacidade. Após entrar mais de 400 milhões nos cofres públicos em apenas 8 anos, que mudou em nossa cidade?

Com exceção da Marginal Flávio Veras (Anel Viário), o resto da “obras” foram apenas reformas e maquiagens. Ninguém em sã consciência sabe dizer para onde foram tantos milhões de Reais, que deveriam melhorar a vida dos macauenses profundamente. O Blog Macau em Dia saiu peregrinando nas comunidades macauenses e viu o retrato da miséria, exclusão e desigualdade que assolam Macau.

 O primeiro destino foi a Salinopólis. Mesmo depois de décadas a situação é a mesma, ou seja, abandono total e desinteresse público. Tudo que se há naquela comunidade foi construída pelos ex-prefeitos José Antônio Menezes e Zé Filho (in memoriam). Hoje, o descaso é total. Não existe sequer um Posto de Saúde para fazer um curativo.

O atendimento médico é realizado através de um desestruturado Microônibus, chamado de “PSF Itinerante”, que desrespeita as leis do SUS e só atende as pessoas de 8 às 10 horas e tem que sair correndo para atender outras comunidades. Quando o médico está atendendo, o enfermeiro tem que atender numa sala de aula improvisada, numa situação vexatória e precária.

Esporte não há. Apenas um pequeno campo de futebol. Nunca houve estímulo a prática esportiva como a criação de escolinhas e nem muito menos equipamentos para prática de esporte. Nem academia da saúde existe na comunidade. Para se ver o tamanho absurdo provocado por essa Gestão Déspota é que o Conjunto Habitacional, construído por Zé Filho, até hoje, não tem suas ruas pavimentadas ou asfaltadas, e a estrada atrás da Alcanorte é completamente carroçável. 

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