quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A vida esquecida nos Assentamentos

AG Sued
Nos Assentamentos de Macau falta de tudo, mas a reclamação principal é a constante falta de água porque o carro-pipa vive quebrado.

Durante a saga em percorrer as comunidades de Macau, a reportagem do Macau em Dia arriscou a vida numa viagem aos Assentamentos. Uma estrada vicinal, perigosa e esquecida pelo Governo do prefeito Flávio Veras. No Assentamento, o repórter pediu água para beber, mas que água? O carro pipa estava quebrado e a comunidade ficou sem água.

Ninguém acredita que, numa cidade onde entrou mais de R$ 400 milhões de reais, as pessoas ainda têm sede, muitas famílias ainda dependem de carro pipa para ter água em suas casas, a incompetência mais uma vez é provada. À noite, a situação fica mais dramática, pois não existe qualquer lugar para entretenimento e lazer, muitos moradores não tem energia elétrica.

Os serviços públicos são inexistentes e o que funciona é um remendo de serviço. O PSF Itinerante só atende uma vez por semana, num pé e outro para ir embora para Várzea Cercada. Educação também é inexistente, com alguns heróis apelidados de professores tentando alfabetizar a população. O analfabetismo é grandioso e o desemprego é totalitário, a maioria das famílias tem como única forma de renda o Programa Bolsa Família do Governo Federal.

Um fato triste que percebemos é que as pessoas não têm mais fé que um dia podem mudar a sua condição de vida. Do povo, Kerginaldo Pinto tirou o Poder soberano de sonhar. Nos Assentamentos, as pessoas vivem sem esperança, vivem por viver, vivem para sofrer e assim vão vivendo até o próximo dia chegar. O povo vive a espera de uma “ajuda” de um governo ultrajante, que trata o povo como coisas e esquece o mais importante, o ser humano e sua dignidade. 

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