sábado, 9 de outubro de 2010

Pacientes de Macau sofrem para fazer hemodiálise em Natal

Foto: AG Sued
Prefeitura tem uma lista com 10 pacientes que vão fazer hemodiálise em Natal

A hemodiálise é um procedimento que limpa e filtra o sangue. Liberta o corpo do paciente dos resíduos prejudiciais, do excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias químicas como o sódio, o potássio, e cloretos.

A hemodiálise usa uma máquina chamada “dialisador”, ou filtro especial, para limpar o sangue do paciente. O dialisador é conectado à outra máquina. Durante o tratamento, o sangue flui por tubos para o dialisador. O dialisador filtra os resíduos e o excesso de líquido. Então o sangue recentemente limpo flui através de outro tubo de volta para o corpo.

Em Macau, não existe o dialisador e uma sala equipada para fazer o tratamento de hemodiálise. Três vezes por semana, 10 pacientes estão sendo levados para fazer o tratamento no Instituto do Rim, em Natal. De acordo com Diá, secretário municipal de Saúde, a Prefeitura fez a locação de dois carros tipo Zafira para levar os pacientes e seus acompanhantes.

Conforme o secretário, o tratamento de hemodiálise é considerado de “alta complexidade”, sendo de responsabilidade do Governo do Estado. A Prefeitura de Macau tem um gasto estimado de R$ 11 mil por mês somente para transportar os pacientes para Natal. “O município ainda fornece almoço e lanche para o paciente e seu acompanhante”, completou.

Demonstrando total transparência na sua pasta, o secretário de saúde forneceu a “listagem de pacientes do município que dialisam no Instituto do Rim” com o nome e endereço de todos os pacientes que utilizam os serviços de transporte da Prefeitura de Macau. “Precisa ser um carro com todo conforto porque os pacientes já vêem debilitados”, disse.

Um comentário:

  1. SONINHA E O ABORTO:

    "DISCORDO DO MEU CANDIDATO" Soninha Francine, coordenadora da campanha de José Serra (PSDB-SP) na internet, já declarou publicamente que fez aborto. Ela discorda da posição do candidato sobre o tema. Mas diz que ele tem "direito de opinar":


    Folha - Você já declarou que fez um aborto.
    Soninha Francine - Sou a favor da mudança da lei [para descriminalizar o aborto].

    O que acha de o tema voltar à pauta eleitoral?
    Toda vez que esse tema entra em pauta, gera reações. E que elas sejam extremadas não é novidade, e não é só no Brasil. Agora, na eleição ele teve mais repercussão do que efeito no resultado. Ele estava presente o tempo todo. Nas primeiras sabatinas e entrevistas, sempre surgem essas pautas de aborto, união civil de homossexuais. As organizações contra a legalização do aborto se manifestam sempre energicamente.

    O Serra defende que a lei seja mantida.
    Ele sempre disse isso. A Dilma quase sempre também disse isso.

    Pela lei [que prevê detenção de até três anos para aborto], você poderia ter sido presa.
    Mas eu sou a favor da mudança da lei! Nesse ponto eu discordo do meu candidato.

    Ele está equivocado?
    Eu discordo.

    Os candidatos estão emparedados pela igreja?
    Não, o Serra sempre teve essa opinião. Se ela é pautada por uma visão religiosa ou pragmática, diferente da minha, é opinião dele. As minhas opiniões provavelmente façam com que eu perca votos. E é assim que é, que funciona.

    Não é complicado homens públicos invocarem valores na discussão, já que o Estado tem que ser laico?
    O Estado tem que ser laico, mas as pessoas podem ter suas convicções religiosas. A discussão sobre células-tronco passou por isso. As instituições não têm o direito de impor suas crenças para o conjunto da sociedade. Eu sou budista e não mato nem pernilongo. Mas não vou combater a dengue por isso?

    Os candidatos estão debatendo o aborto como questão de saúde pública?
    Eles se manifestam com cuidado.

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