Foto: AG Sued
Prefeitura tem uma lista com 10 pacientes que vão fazer hemodiálise em Natal
A hemodiálise é um procedimento que limpa e filtra o sangue. Liberta o corpo do paciente dos resíduos prejudiciais, do excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias químicas como o sódio, o potássio, e cloretos.
A hemodiálise usa uma máquina chamada “dialisador”, ou filtro especial, para limpar o sangue do paciente. O dialisador é conectado à outra máquina. Durante o tratamento, o sangue flui por tubos para o dialisador. O dialisador filtra os resíduos e o excesso de líquido. Então o sangue recentemente limpo flui através de outro tubo de volta para o corpo.
Em Macau, não existe o dialisador e uma sala equipada para fazer o tratamento de hemodiálise. Três vezes por semana, 10 pacientes estão sendo levados para fazer o tratamento no Instituto do Rim, em Natal. De acordo com Diá, secretário municipal de Saúde, a Prefeitura fez a locação de dois carros tipo Zafira para levar os pacientes e seus acompanhantes.
Conforme o secretário, o tratamento de hemodiálise é considerado de “alta complexidade”, sendo de responsabilidade do Governo do Estado. A Prefeitura de Macau tem um gasto estimado de R$ 11 mil por mês somente para transportar os pacientes para Natal. “O município ainda fornece almoço e lanche para o paciente e seu acompanhante”, completou.
Demonstrando total transparência na sua pasta, o secretário de saúde forneceu a “listagem de pacientes do município que dialisam no Instituto do Rim” com o nome e endereço de todos os pacientes que utilizam os serviços de transporte da Prefeitura de Macau. “Precisa ser um carro com todo conforto porque os pacientes já vêem debilitados”, disse.
SONINHA E O ABORTO:
ResponderExcluir"DISCORDO DO MEU CANDIDATO" Soninha Francine, coordenadora da campanha de José Serra (PSDB-SP) na internet, já declarou publicamente que fez aborto. Ela discorda da posição do candidato sobre o tema. Mas diz que ele tem "direito de opinar":
Folha - Você já declarou que fez um aborto.
Soninha Francine - Sou a favor da mudança da lei [para descriminalizar o aborto].
O que acha de o tema voltar à pauta eleitoral?
Toda vez que esse tema entra em pauta, gera reações. E que elas sejam extremadas não é novidade, e não é só no Brasil. Agora, na eleição ele teve mais repercussão do que efeito no resultado. Ele estava presente o tempo todo. Nas primeiras sabatinas e entrevistas, sempre surgem essas pautas de aborto, união civil de homossexuais. As organizações contra a legalização do aborto se manifestam sempre energicamente.
O Serra defende que a lei seja mantida.
Ele sempre disse isso. A Dilma quase sempre também disse isso.
Pela lei [que prevê detenção de até três anos para aborto], você poderia ter sido presa.
Mas eu sou a favor da mudança da lei! Nesse ponto eu discordo do meu candidato.
Ele está equivocado?
Eu discordo.
Os candidatos estão emparedados pela igreja?
Não, o Serra sempre teve essa opinião. Se ela é pautada por uma visão religiosa ou pragmática, diferente da minha, é opinião dele. As minhas opiniões provavelmente façam com que eu perca votos. E é assim que é, que funciona.
Não é complicado homens públicos invocarem valores na discussão, já que o Estado tem que ser laico?
O Estado tem que ser laico, mas as pessoas podem ter suas convicções religiosas. A discussão sobre células-tronco passou por isso. As instituições não têm o direito de impor suas crenças para o conjunto da sociedade. Eu sou budista e não mato nem pernilongo. Mas não vou combater a dengue por isso?
Os candidatos estão debatendo o aborto como questão de saúde pública?
Eles se manifestam com cuidado.