quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Pra que serve a Reserva de Desenvolvimento Sustentável?

Algumas pessoas estão questionando os objetivos da RDS e clamando por uma fiscalização severa nas dunas e mangues. O Eco Posto (foto), sede da RDS, foi construída sobre as dunas.

Por Alex Gurgel (foto e texto)
jornalista (alex-gurgel@oi.com.br)

Depois de seis anos de funcionamento, será que a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão está servindo aos reais propósitos pra que foi criada? Ou será que a RDS está prejudicando a comunidade de Barreiras e Diogo Lopes que não consegue evoluir com o chamado “desenvolvimento sustentável”? Uma boa parte da população local anda questionando as ações da RDS.

Conforme o administrador do Eco Posto da RDS, Luiz Itá, a RDS Ponta do Tubarão foi criada em julho de 2003 com o objetivo de preservar os recursos naturais e a sustentabilidade das comunidades de Barreiras e Diogo Lopes. A preocupação da RDS é o manejo da fauna e flora local com base em pesquisas científicas, a pesca e o turismo comunitário, entre outras atividades econômicas sustentáveis.

Antônio Evaristo, empresário em Diogo Lopes conhecido como Gordurinha, alerta que não existe fiscalização eficaz visando a preservar a RDS. Ele cita a sujeira nas dunas onde centenas de chiqueiros e currais foram instalados causando danos ao meio ambiente. “As dunas também são usadas como lixão onde tem muito material plástico. Não há um trabalho de conscientização da população”, disse.

Gordurinha salienta que a RDS só é rigorosa quando alguém que fazer uma pousada pensando em alavancar o turismo da região. Porém, o Ibama permitiu que a própria Reserva de Desenvolvimento Sustentável fizesse sua sede em cima das dunas e também já permitiu que vários prédios fossem construídos sobre as falésias como o espaço chamado Rancho, em Diogo Lopes. “Não há critérios coerentes para liberar a construção na RDS”, disse.

Embora o projeto do “desenvolvimento sustentável” seja recheado de boas intenções, o administrador do Eco Posto reconhece que a RDS ainda não conseguiu o desenvolvimento sustentável desejado ou melhorar a qualidade de vida da população. “Somente com a melhoria no modo de vida dos moradores da RDS é que podemos transformá-los em cidadãos consciente da preservação ecológica”, relatou Luiz Itá.

3 comentários:

  1. Uma prova de que não há controle e há até um certo descaso na Reserva de Desenvolvimento sustentável Ponta do Tubarão, é o caso do Balneário de Manoel. A área mais bonita foi invadida e até hoje nenhum orgão público se manifestou. Aquela área pertencia a família de uma senhora chamada Maria do Monte qua habitava uma casinha. Depois, Manoel se apossou da área dizendo que era da sua família e lá ficou. Foi invadindo e hoje ele é posseiro de mais de três hectares e diz que ainda vai invadir mais. Ninguém diz nada, ninguém fala nada. Com a palavra os orgãos ambientasi e o Ministério Público Federal, já que é uma área de dunas e de Marinha.

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  2. Corretíssima a colocação do missivista. O BALNEÁRIO é uma grilagem de terra em plena duna da Reserva de Desenvolvimento Suatentável da Ponta do Tubarão. Manoel chegou alí e foi cercando e hoje tem um grande terreno grilado e a cada dia ele aumenta seus domínios. Quem é de Diogo Lopes e Barreiras, sabe que Manoel não é nativo que aquela terra é pública. Ele é de Macau, mas precisamente do Porto. O IDEMA, o Ministério Público Federal já foram notificados e a Prefeitura de Macau faz vista grossa. O prefeito tem medo de enfrentar o problema que a cada ano aumenta. Manoel fala grosso com o Prefeito que desconhece a história daquele terreno. Segundo Manoel, em suas muitas e muitas "histórias" da corochinha, vieram quatro advogados de Ronaldo Fenômeno comprar o seu terreno e ele disse que por enquanto nâo há dinheiro nenhum que compre o "seu" terreno. UM VERDADEIRO ABSURDO QUE PESSOAS SE APROPRIEM DE ÁREAS PÚBLICAS E LÁ PERMANEÇAM COM A COMPLACÊNCIA DAS AUTORIDADES.

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  3. Assim falou Carlos Costa, habitante de Barreiras:
    Só para lembrar. As terras da União, estados e municípios não podem ser usucapidas, ainda que o ocupante tenha cem anos no local. Aquela terra que Manoel se apropriou e grilou é da União e, nessa perspectiva, não pode ser usucapida. Em Maceió, o Iate Clube fez o que Manoel fez e, trinta anos depois, a Justiça Federal mandou derrubar os prédios alí construídos indevidamente.

    Carlos de Barreiras. Fone 84. 94515213.

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